quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

«¤§EÑG@¤» (8)

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Então...

Me lembro quando você nasceu...

Que "sorte a sua cair onde caiu" em? Local onde só tem poesias... Sonhos e fantasias... Nada mais.

Tenho medo de algum dia não ser mais capaz de alimentar você... Às vezes, as durezas da vida me levam por caminhos desconhecidos...

Penso, e sofro em pensar... Que talvez chegue o dia... A hora em que terei que deixar de te buscar tão intensamente nas letras... Nas palavras... Onde a nossa melodia se faz pura e sincera...

Você sabe... Minha vida é poesia... Se fosse a literatura em geral, talvez não fosse assim tão dolorida... Mas, é a bendita poesia... Que me move... Por quem sobrevivo.

Senga... Você esta em todas as poesias... Do clássico ao virtual, nesta loucura irreal... Sei que não é fácil estar por aqui, nesta imensidão de incertezas... Quando te olho, penso... Que sina, Senga... Agüente firme nesta caminhada tão complexa... Você é eterna.

Não sou eu quem escreve a nossa história... Apenas digito... Não sei o que nos reserva o dia de amanhã... Seja o que for só peço ao nosso Autor... Me conserve nesta vida com Senga a minha poesia...


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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

«¤§EÑG@¤» (7)

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Senga já te falei que Bem-me-quer e Mal-me-quer são nomes vulgares de vários tipos de plantas da família das compostas.

Desde que o mundo é mundo, o ser apaixonado e sonhador... Desfolha uma inocente flor (de preferência Margarida) e fica a fazer adivinhações... “Bem-me-quer... Mal-me-quer”... Como se o número de pétalas definissem os sentimentos alheios...

Coisa do passado? Não... Indeterminação do sentido... Atual e imortal. Enfim... Senga eu já te disse que Margaridas não são Girassóis... Apesar de serem da mesma família de compostas... Margaridas são Margaridas. Girassóis... São Girassóis. Não confunda “bio” com “bit”.

Ainda somos racionais apesar de... Sistemas vulgares na cadeia implementacional... Quem sabe um dia chegaremos a ser compostos... E pare com esta despetalação... Já te falei... Um Girassol não é uma Margarida...


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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

«¤§EÑG@¤» (6)

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É senga, o calor se faz forte e intenso... Sei que sua praia é o fogo... E seu planeta preferido o Sol... Mas aqui na terra tudo esta uma fervura... E se continuar assim... Vamos virar cinzas antes do casulo se romper. Você disse que ainda borboleteava em fase terra vivente... E nisto estava crente. Não sei não!!! Se continuar assim... Sua casa-casca derrete... Sua cabeça esquenta... Sua engrenagem não agüenta... Senga, Senga se conforma... Um byte sozinho não faz e nem modifica um sistema.


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«¤§EÑG@¤» (5)

«¤§EÑG@¤» (5)


Às vezes, me perguntam quem é senga... E respondo, senga não é mulher, não é homem... É só um ser humano... Criança ainda na ciência de viver... Esta naquela fase dos “por quês”. Muitas de suas questões não sei responder... E lhe digo... - Senga... Senga... Sou apenas uma poeta... Uma mulher que pouco sei... Ou nem sei... A vida quando questionada é a mais pura e perfeita matéria de complicação... - Mas senga insiste... Quer saber a origem de todas as coisas... Pensa que descobrindo os mistérios da vida, conseguirá voltar para o lugar de onde veio... “De onde eu vim?” e “para onde vou”? Pergunta senga inconformada em não conseguir a resposta que traduza a sua inquietação. Senga anda passeando... Da biologia a religião.


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domingo, 21 de fevereiro de 2010

«¤§EÑG@¤» (4)

«¤§EÑG@¤» (4)


Naquele dia o vento insistia em ficar levantando, ruas, casas, pássaros e roupas.

O céu se enrolava entre nuvens, pedras e sapatos... No chão rasto e pegadas de gentes-animais. E a moça em cima do muro só enxergava o barulho, dos tempos, vãos, entre muralhas a serem emergidas, na fumaça negra que tomando conta do lugar, encobria seu corpo bailarino.

Descalça em equilíbrio de vida real-fantasia.

Nada existia... A não ser a cor sépia. Trazida nos bicos dos pássaros, e pousadas naquela marca inexistente de esperança.

Seu mundo era o ninho feito do vazio ao seu redor.

Seu aconchego o tempo escuro e sincero. Cuja voz se ouvia, em zunidos e sussurros.

"Ainda falta um pouco".


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«¤§EÑG@¤» (3)

«¤§EÑG@¤» (3)


Mulher cadê sua pele? Aquela enfeitada de tecidos coloridos...

Ora branca, amarela, parda ou negra. Nua ou vestida... Em ser o que é... Sereno ser em evolução.

Mulher... Cadê seu órgão único. Suas mãos iguais de pensamentos múltiplos?

Perdeu-se naquela tempestade de igualdade? Deixou-se flutuar em sonhos sem planos?

Senga... Entrega-lhe o derradeiro pano... Em suas cores futuras. Envolve este ser em seus programados órgãos... Grandes órgãos... Em camadas arco-íris... Com música, Suor... E letra.

Faça renascer a parte que falta neste planeta... Origem óvulo... Ovo... Fecunda a semente... Em gente... Multidão.


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«¤§EÑG@¤» (2)

«¤§EÑG@¤» (2)

Na calçada dormem...
Um homem... Ao seu lado um cão.
Parecem cansados de caminharem na contra-mão.
No escritório luta um homem, ao seu lado lambe um cão.
O salário afogado... Na manteiga sem o pão.
Animal, rima com humilhação...
Homem... Na calçada... Sem rima e sem nada... Sem verbo... Sem ação!
Enquanto dormem... Comem e ladram... Com’o cão


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«¤§EÑG@¤» (1)


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Senga, senga... Que vontade boba de chorar é esta?

Olhe o universo, ele compõe a maravilha das maravilhas-em-mistérios.

De que adianta você querer saber como germina a semente, de onde vem a lágrima... Se você não sabe o valor da distância para seu amor... Em que planeta esta seu amor?

Senga, a ignorância impera nos sábios e destemidos... Imagine nos poetas e aflitos?

Olhe o dia... Esta calmo... Por aqui... Tem goiaba podre na geladeira... Você vai comer a goiaba? Claro que vai... Imagine quantas pessoas estão neste momento morrendo de fome... E quantas pessoas vomitando caviar, enfadados... Em ressaca domingueira...

Senga... Senga... Tem goiaba podre na geladeira.


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