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Naquele dia o vento insistia em ficar levantando, ruas, casas, pássaros e roupas.
O céu se enrolava entre nuvens, pedras e sapatos... No chão rasto e pegadas de gentes-animais. E a moça em cima do muro só enxergava o barulho, dos tempos, vãos, entre muralhas a serem emergidas, na fumaça negra que tomando conta do lugar, encobria seu corpo bailarino.
Descalça em equilíbrio de vida real-fantasia.
Nada existia... A não ser a cor sépia. Trazida nos bicos dos pássaros, e pousadas naquela marca inexistente de esperança.
Seu mundo era o ninho feito do vazio ao seu redor.
Seu aconchego o tempo escuro e sincero. Cuja voz se ouvia, em zunidos e sussurros.
"Ainda falta um pouco".
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domingo, 21 de fevereiro de 2010
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